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“Sonhar, seguir e conquistar”: “Um Porto para o Mundo” volta para o ano

“Recordar a história de Vila do Conde é evocar o talento da sua gente na época dos descobrimentos”. Quem o dizia era um dos anjos de “Um Porto para o Mundo”, tendo sido este o grande propósito do espetáculo que, durante 5 dias, fez o público viver um momento único e especial, estando já o seu regresso confirmado para o próximo ano.
Numa coprodução entre a Câmara Municipal e a Companhia de Teatro Lafontana – Formas Animadas, com encenação de Amauri Alves, texto de José Coutinhas e música de Flávio Medeiros, Vila do Conde apresentou o maior teatro musical de rua do país em que duas centenas e meia de voluntários deram vida a um projeto que sem eles não seria possível concretizar. Entre artistas profissionais das áreas de escultura de cenografias, coreografia, música e representação, estavam os atores que, na sua grande maioria, eram “os nossos cidadãos, os nossos vizinhos e os nossos amigos”, como referia o produtor Marcelo Lafontana no final de cada dia de espetáculo.
A Presidente da Câmara Municipal sente-se orgulhosa e feliz com o resultado final, revelando que este espetáculo “terá continuidade nos próximos anos”, afirmando que é “o início de algo para continuar no futuro e para projetar o nome de Vila do Conde e a sua história.” A Dr.ª Elisa Ferraz considera ainda que este evento, integrado no projeto da autarquia em candidatar a construção naval em madeira a Património Imaterial da Humanidade, atingiu a projeção que se ambicionava.
Tendo como cenário e elemento principal a Nau Quinhentista, “Um Porto para o Mundo” retratou Vila do Conde na era das grandes navegações e expansão marítima, mostrando que a nossa história “é das mais belas” e que “a nossa gente foi exemplo a seguir pela nação”, destacando o vilacondense Gaspar Manuel, piloto da carreira da Índia, China e Japão, que no final da sua longa e difícil viagem mandou construir a Capela do Socorro.
Também a passagem do Rei D. Manuel I por Vila do Conde a 12 de outubro de 1502, numa peregrinação a Santiago de Compostela, é relatada, visto ter sido um acontecimento largamente marcante para a então Vila, culminando com a deliberação do monarca em mandar construir a Igreja Matriz.
O espetáculo “Um Porto para o Mundo” espelhou ainda a relação de Vila do Conde com o mar, quer enquanto importante polo de construção naval, que ergueu muitas das caravelas que partiram à descoberta de novas terras, quer pela pesca que sempre foi um dos principais meios de subsistência de muitos vilacondenses, homenageando desta forma a coragem e a dura vida dos homens no mar.
“Fruto de amor e empenho, Vila do Conde é um porto aberto para o mundo, uma cidade que nasceu para a eternidade”. Foi assim, com o céu iluminado pelo fogo-de-artifício e com o público fascinado, que terminou o maior teatro musical de rua do país, em Vila do Conde.