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Mosteiro de Santa Clara, um património cultural vivo

No passado sábado, o Mosteiro de Santa Clara recebeu o Coordenador Nacional do Ano Europeu do Património Cultural, Dr. Guilherme d´Oliveira Martins, que se deslocou a Vila do Conde para proferir a conferência «Mosteiro de Santa Clara, um Património Cultural Vivo». Esta iniciativa integra o programa de evocação dos 700 anos da fundação da casa de clarissas, que existiu em Vila do Conde durante mais de 500 anos, tendo sido fundada no século XIV e encerrada no final do século XIX.
A sessão foi aberta pela Presidente da Câmara, Drª Elisa Ferraz, que manifestou o seu regozijo pela presença do orador que considera, pelo seu envolvimento no Centro de Estudos Anterianos, um amigo de Vila do Conde. A conferência iniciou-se fazendo alusão às diferentes aceções de Património: material, imaterial, paisagem cultural, paisagem natural e memórias vivas. Sublinhou, como aspeto ligado ao património imaterial do nosso Mosteiro, a Lenda da Berengária, uma alegoria que remete para a legitimação do poder, mas que pode funcionar como um bom exemplo junto dos elementos mais jovens para a perpetuação da memória da casa de religiosas. Evocou também a paisagem cultural vila-condense, na qual figura o litoral, com particular destaque para as praias que cativaram Antero de Quental . Aludiu ainda, na vertente do património imaterial, à presença de Vila do Conde na biografia de um significativo conjunto de nomes de criadores portugueses, como Antero, Guerra Junqueiro, Eça de Queiroz, Casal Delaunay, Eduardo Viana, Ruy Belo, José Régio, Julio- Saul Dias, Valter Hugo mãe, entre outros.