Cividade de Bagunte valoriza o seu património ambiental

No âmbito dos trabalhos desenvolvidos pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Vila do Conde, encontra-se em curso mais uma ação de valorização da Cividade de Bagunte, desta feita por via do abate de eucaliptos e da regeneração de árvores autóctones.
O coberto arbóreo da Cividade de Bagunte era dominado pelo eucaliptal, embora já existissem áreas onde a recuperação da flora e da fauna autóctone já era visível, com especial incidência na área mais elevada e próxima das ruínas arqueológicas a descoberto. A ação que atualmente está em curso, de abate dos eucaliptos com mais de 10cm de diâmetro, irá permitir que esse processo regenerativo se intensifique. Estima-se que, nesta fase, este corte irá diminuir o eucaliptal em cerca de 70%. O derrube de eucaliptos está a ser feito na totalidade dos 18ha que pertencem à Câmara Municipal.
Este trabalho está a ser acompanhado pela poda de árvores autóctones e pela remoção de pequenos ramos que tenham ficado danificados pelo tombar dos eucaliptos. Deste modo, será possível que espécies como o sobreiro, o carvalho, o castanheiro, ou o azevinho, reforcem o seu crescimento e ocupem parte da área agora intervencionada.
A Cividade de Bagunte também é conhecida localmente por “monte dos sobreirinhos”, numa referência direta ao coberto vegetal que aí existia em abundância, desde o período pré-romano, e que agora ganha novamente terreno.
O resultado mais evidente e imediato deste abate de árvores é o miradouro natural que se criou e que permite ter uma linha de visão de 360º. A partir da área de ruínas é possível ver-se o mar e Vila do Conde, mas também sistemas montanhosos distantes tanto a Norte, como a Sul, ou a Este.
Atualmente, os trabalhos encontram-se em fase de remoção das ramagens resultantes do corte.
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